Desde a antiguidade, os líderes militares já
se utilizavam à logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram
necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as
tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram
necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que
envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era necessário
ter uma fonte de água potável próxima,
transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos.
Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de Logísticas eram os responsáveis por garantir
recursos e suprimentos para a guerra.
Carl Von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois
ramos: a tática e a estratégia. Não falava especificamente da logística, porém
reconheceu que "em nossos dias, existe na guerra um grande número de
atividades que a sustentam (...), que devem ser consideradas como uma
preparação para esta".
É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini,
contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela primeira vez, o uso da palavra
"logística", definindo-a como "a ação que conduz à preparação e
sustentação das campanhas", enquadrando-a como "a ciência dos
detalhes dentro dos Estados-Maiores".
Em 1888, o
Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra Naval
dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes
conceitos se desenvolvessem na literatura militar.
A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a
palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração, Organização e
Economia de Guerra.
A verdadeira tomada de consciência da
logística como ciência teve sua
origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917,
publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a
guerra". Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das
operações militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim,
pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
O Almirante Henry Eccles em 1945,
ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola
de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam
economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe da
Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros
estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o
"pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra Mundial a
Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período,
com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela
guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas
civis.
Muito bom teu artigo, mas seria bem legal se vc postasse referências sobre onde estão essas informações, alguns livros, artigos. Gostei do blog parabéns pelo bom trabalho! :)
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