quarta-feira, 25 de abril de 2012

PORTO DE SANTOS


O Porto de Santos, localizado no município de Santos, no estado de São Paulo, é o principal porto brasileiro. A área de influência econômica do porto concentra mais de 50% do produto interno bruto (PIB) do país e abrange principalmente os estados de São PauloMinas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Aproximadamente 90% da base industrial paulista está localizada a menos de 200 quilômetros do porto santista.
O Complexo Portuário de Santos responde por mais de um quarto da movimentação da balança comercial brasileira e inclui na pauta de suas principais cargas produtos como o açúcar, soja, cargas conteinerizadas, café, milho, trigo, sal, polpa cítrica, suco de laranja, papel, automóveis, álcool e outros granéis líquidos. Em 2007, o Porto de Santos foi considerado o 39ª maior do mundo por movimentação decontêineres pela publicação britânica Container Management, sendo o mais movimentado da América Latina. O sistema de acessos terrestres ao porto é formado pelas rodovias Anchieta e Imigrantes e pelas ferrovias Ferroban e MRS.
HISTÓRIA
O Porto de Santos foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1892, quando a então Companhia Docas de Santos (CDS), cedou à navegação mundial os primeiros 260 metros de cais, na área do Valongo.
Hoje é o maior porto da América Latina. Em 2006 a sua estrutura é considerada a mais moderna do Brasil e a administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) - empresa do Governo Federal, vinculada à Secretaria de Portos da Presidência da República - busca diálogo com os prefeitos das cidades diretamente ligadas às instalações portuárias,Santos, Guarujá e Cubatão.
No início do século XX as obras que levaram o porto a tornar-se salubre e a receber navios de todo o mundo fizeram com que o movimento se expandisse significativamente.
A cidade de Santos localiza-se no ponto mais adequado para transpor a escarpa conhecida porSerra do Mar. A estrutura ferroviária, iniciada ainda no período do Império, garantiu o afluxo de cargas, destinados ao comércio exterior. Nesse período, o café de São Paulo, Minas Gerais eRio de Janeiro em sua grande maioria saia do Brasil pelo porto do Rio de Janeiro, com exceção de Ribeirão Preto, que exportava pelo porto de Santos, mas isso pós 1870.
Distante cerca de 70 quilômetros da terceira maior cidade do mundo, a cidade de São Paulo, o porto é servido por duas ligações ferroviárias e duas estradas que ligam à capital e uma estrada para o sul do país.
Os distritos industriais da Grande São Paulo e o complexo industrial de Cubatão existem graças ao Porto de Santos. A Cosipa,Companhia Siderúrgica Paulista, ligada à siderúrgica USIMINAS, de Minas Gerais, também opera um porto privativo que utiliza o mesmo canal de tráfego de embarcações. É praticamente uma extensão particular do Porto de Santos, que é um porto estatal. Liderando o mercado nacional portuário, o Porto de Santos atende também vários países latino-americanos que fazem as cargas serem embarcadas e desembarcadas. O Porto de Santos ocupa, hoje, a 39ª posição no ranking mundial de movimentação de cargas conteinerizadas.

PRINCIPAIS PORTOS DO BRASIL


Porto de Angra dos Reis (Rio de Janeiro)
Porto de Antonina (Paraná)
Porto de Aratu (Bahia)
Porto de Barra dos Coqueiros (Sergipe)
Porto de Barra do Riacho (Espírito Santo)
Porto de Belém (Pará)
Porto de Cabedelo (Paraíba)
Porto do Forno (Rio de Janeiro)
Porto de Ilhéus (Bahia)
Porto de Imbituba (Santa Catarina)
Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)
Porto de Itajaí (Santa Catarina)
Porto do Itaqui (Maranhão)
Porto de Jaraguá (Alagoas)
Porto de Macapá (Amapá)
Porto do Mucuripe (Ceará)
Porto de Navegantes (Santa Catarina)
Porto de Natal (Rio Grande do Norte)
Porto de Niterói (Rio de Janeiro)
Porto de Paranaguá (Paraná)
Terminal de Pecém (Ceará)
Porto de Pelotas (Rio Grande do Sul)
Porto do Recife (Pernambuco)
Porto do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
Porto de Rio Grande (Rio Grande do Sul)
Porto de Salvador (Bahia)
Porto de Santos (São Paulo)
Porto de São Sebastião (São Paulo)
Porto de São Francisco do Sul (Santa Catarina)
Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)
Porto de Suape (Pernambuco)
Terminal de Tubarão (Espírito Santo)
Porto de Vitória (Espírito Santo)
Porto de Ubu (Espírito Santo)

terça-feira, 24 de abril de 2012

HISTÓRIA DOS NAVIOS


Um navio é uma grande embarcação, geralmente dotada de um ou mais conveses. Um navio tem, geralmente, tamanho para transportar os seus próprios barcos, como botes salva-vidas, botes ou lanchas. Geralmente, a lei local e órgãos de regulamentação irão definir o tamanho ou o número de mastros que um barco deverá ter para ser elevado à categoria de navio. Os submarinos não são referidos como "barcos", exceto os submarinos nucleares, classificados como navios. As empresas sul-coreanas Hyundai, Samsung e Daewoo são as principais construtoras de navios.
Outra definição para 'Navio' é qualquer embarcação que transporte carga com objectivo comercial. Os navios de passageiros transportam 'super carga' (outra designação para passageiros e pessoas que não trabalham a bordo). Barcos de pesca nunca são considerados 'navios', embora também transportem botes salva-vidas e carga (a pesca do dia). Os Ferries de pequena dimensão também não são considerados 'navios', no entanto a maioria dos ferries em serviço no mundo são navios de passageiros, com capacidade para transportarem também veículos.
A Náutica refere-se aos navios e às práticas de navegação.

HISTÓRIA

A história dos barcos vive paralelamente às histórias de aventuras dos seres humanos. Os primeiros barcos conhecidos datam do Período Neolítico, à cerca de 10.000 anos atrás. Estes barcos primitivos possuíam funções limitadas: eles conseguiam mover-se sobre a água, conquanto, limitavam-se a isso. Inicialmente foram utilizados para caça e pesca. O barco mais antigo descoberto pelos arqueólogo até então, é uma canoa. Foram construídas com os troncos de árvores coníferas, utilizando Ferramentas de Pedra.
Por volta do século 30 a.C, no Antigo Egito, já se conhecia como montar cascos de embarcações com tábuas de madeira.  Eles usavam presilhas de tecido para juntar as tábuas,  Cyperus papyrus, folhas compridas, grama para unir e celar as costuras entre as tábuas. Na Grécia Antiga historiadores e geógrafos Agatharchides tinham documentado ship-faring como os primeiros do Antigo Egito: "Durante o período próspero do Reino Antigo/Império Antigo", entre os séculos 30 a.C e 25 a.C, no Rio Nilo rotas foram estabelecidas, e no Antigo Egito há registros que navios navegaram pelo Mar Vermelho até ao país Mirra.  Sneferu's antigos navios de madeira cedro Louvor das Duas Terras é a primeira referência registrada (2613 BCE) para navios referenciados por nome. 
Na Ásia Oriental, na época da Dinastia Zhou, foram desenvolvidas tecnologias nas embarcações como o leme montado na popa, e da Dinastia Han, foi encontrada uma frota de navios bem conservada, que fora empregada no campo militar. Tecnologia naval avançada foi encontrada no período medieval, onde tais embarcações já possuíam compartimentos estanques para armazenamento de água. Durante o século 15 na Dinastia Ming, uma das maiores e mais poderosas frotas do mundo foi montada para as viagens de diplomacia e projeções do poder de zheng He. Em algumas partes a Coréia, no século 15, foi encontrado o primeiro barco que utilizou-se de ferro. Foi o Navio Tartaruga, este foi desenvolvido com laminados de ferro.
Por volta de 2000 a.C, a Civilização Monóica em Creta tinham evoluído nos exercícios de um controle efetivo da área naval, na parte leste do Mediterrâneo.  Sabe-se que a antiga Núbia/Axum negociava com a Índia, e há evidências que navios do Nordeste da África podem ter navegado na região frontal e externa entre a Índia/Sri Lanka, fazendo comércio com a Núbia e talvez até com os Persas, Himyar e com aRoma Antiga.  O Império Aksumite foi conhecido pela Antiga Grécia por disporem de portos para os navios Gregos e Iêmen.  Em outra parte Nordeste da África, o Périplo do Mar da Eritreia relatam que Pessoas da Somália, através dos portos do norte como o Zeila e Berbera, estavam negociando incenso e outros itens com habitantes da Península Arábica bem antes da chegada de Islão, com também com o então Império Romano controlado pelo Egito. 
As Pessoas Suaíli tinham diversos extensos portos comerciais em pontos da costa da África Oriental Medieval e o Grande Zimbabwe tinha grande contato comercial com a África Central, e provavelmente importavam bens trazendo para África através da margem comercial do Sudeste Africano Quíloa, atualmente chamada de Tanzânia.
É sabido pelos historiadores que no auge do Império Mali foi construído uma grande frota pelo Imperador Mansa Musa no século 13 e início do século 14.  Fontes arábicas descrevem que alguns consideram ser os visitantes do Novo Mundo pela frota de Mali em 1311. 
Na mesma época, pessoas que viveram próximas a Kongens Lyngby na Dinamarca inventaram o casco segregado, o que permitiu um aumento gradual das embarcações. Logo os barcos passaram a serem desenvolvidos com quilha, semelhante aos barcos atuais de madeira Embarcações de Recreio.
Os primeiros navegadores começaram a usar peles de animais ou tecidos para fabricarem as velas. Fixaram na parte superior do barco um mastro, e assim foi possível à fabricação de embarcações maiores. Essa invenção permitiu ao homem ampliar a exploração, reconhecendo, por exemplo, o termo Oceania, cerca de 3000 anos atrás.
O Antigo Egito já estava construíndo veleiros perfeitamente. Um exemplo notável de sua habilidade de construção foi o Navio Khufu, um navio de 143 pés de comprimento, enterrada ao pé da Grande Pirâmide de Gizé, por volta de 2500 a.C. e achada intacta em 1954. De acordo comHeródoto, os Egípcios fizeram a primeira circum-navegação em torno da África por volta de 600 a.C.
Os Fenícios e a Grécia Antiga gradualmente dominaram a navegação marítima a bordo dos trirremes, explorando e colonizando oMediterrâneo com suas embarcações. Por volta de 340 a.C, o navegador grego Píteas de Massalia aventurou-se da Grécia para Europa Ocidental e Inglaterra.  No decorrer do século 2 a.C, a Roma Antiga começou a destruir Cartago e subjugar os reinos Helenismo do leste do Mediterrâneo, alcançando o completo domínio do mar interno, que eles chamaram de "Mar Nostrum". A monção, sistema de vento doOceano Índico foi o primeiramente navegado pelo navegador Grego Eudoxo de Cyzicus em 118 aC.  Com 300 navios gregos navegando anualmente entre o Império Romano e a Índia, o comércio anual pode ter atingido 300,000 toneladas. 
Antes da introdução da bússola, a navegação espacial foi o principal método para a navegação marítima. Na china, as primeiras versões da bussola magnética estavam sendo desenvolvidas e usadas na navegação entre 1040 e 1117.  A verdadeira navegação bússola, usando uma agulha de giro em uma caixa seca, foi inventada na Europa mais tarde, em 1300. 

TIPOS DE NAVIOS EM USO
§        Navio de carga
§        Navio para carga pesada
§        Navio de cruzeiro
§        Navio hidrográfico
§        Navio porta-contentores
§        Navio de vela
§        Panamax
§        Gaseiros
§        Aframax
§        Suezmax
§        Petroleiro
§        Porta-aviões
§        Porta-helicópteros
§        Quebra-gelo
§        Rebocador
§        Supercargueiro "Ro-Ro"
§        Supertanque
§        Superpetroleiro
§        Super-porta-aviões
§        Transatlântico

NAVIOS HISTÓRICOS
§        Aviso
§        Balandro
§        Barco carvoeiro
§        Birremo
§        Birlinn
§        Brigue
§        Bergantim
§        Canhoneira
§        Caravela
§        Carraca
§        Chalupa
§        Clipper
§        Coca
§        Drakkar
§        Dreadnought
§        Galé
§        Couraçado
§        Cruzador
§        Galeão
§        Galeote
§        Goleta
§        Nau
§        Monitor Encouraçado
§        Knarr
§        Pentecognter
§        Pentarremo
§        Quinquarremo
§        Barco a vapor
§        Navio de linha
§        Torpedeiro
§        Trirremo
§        Xaveco
§        dolly preta

CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS
Oficialmente os navios são classificados pelas sociedades classificadoras, tais como a Lloyd's Register ou o Bureau Veritas, que emitem os certificados de conformidade que garantem às seguradoras e autoridades portuárias que o navio se encontra dentro dos padrões exigidos para o tipo de navegação, carga a transportar e a tripulação é qualificada. Os navios que não estão dentro destes padrões, que na sua maioria navegam com bandeiras de conveniência são designados substandard.
Paralelamente é também frequente classificar os navios pelo tipo de carga que transportam; como exemplo temos os graneleiros (que transportam cargas a granel como cereais ou minério), os petroleiros (que transportam petróleo), os porta-contentores, etc.
Outra forma de classificar os navios, hoje menos usada, era pelo tipo de navegação que faziam; assim temos os navios de cabotagem e os de longo curso.
A principal classificação dos navios é a seguinte: trasportadores de passageiros, cargueiros, exploradores e patrulhadores.

TERMINOLOGIA
Os navios podem-se agrupar constituindo frotas, flotilhas, esquadras, esquadrilhas ou esquadrões.
Os submarinos (particularmente os U-Boot alemães nos anos 40) podem operar em grupos, chamando-se alcateias (termo derivado de "alcateias de lobos").
Os navios, em particular os navios de vela, envolvem um rico e variado vocabulário, repleto de termos técnicos. Muitos deles ligam-se a discussões mais alargadas do jargão náutico.
§         Proa - A frente do navio. Comparar com vante. Também conhecido em senso de direção como sendo o rumo momentâneo em que se encontra o navio, geralmente em graus, em relação ao norte.
§         Popa - a traseira do navio. Comparar com .
§         Estibordo - O lado do navio que está à direita quando o observador olha para a proa.
§         Boreste - Termo utilizado no Brasil em substituição de Estibordo.
§         Bombordo - O lado do navio que está à esquerda quando olhando para proa. (Um método mnemônico para distinguir um do outro é que a esquerda possui o mesmo número de letras de bombordo e estibordo se refere ao leste.)
§         Âncora - Instrumento metálico pesado utilizado para fixar temporáriamente a embarcação em local desejado.
§         Ponte de comando - o centro de comando da navegação.
§         Passadiço - Termo usado no Brasil em vez de Ponte de Comando.
§         Superstrutura - Qualquer estrutura acima do convés da embarcação, contendo, geralmente, a ponte e alojamentos.
§         Cabine - Um quarto fechado num deque.
§         Deques - Os "pisos" e diferentes pavimentos do navio. Em alguns navios novos são chamados de "ponte(s)".
§         Casco - A estrutura de flutuação que suporta o navio.
§         Mastro - um poste concebido para a suspensão das velas.

PROPULSÃO
Até à aplicação do motor a vapor, no século XIX, os navios moviam-se através da força do vento nas velas.
Antes da mecanização os navios mercantes sempre usaram velas, mas à medida que a guerra naval tornou-se dependente da aproximação dos navios para a abordagem e invasão ou da luta corpo a corpo, as galeras passaram a dominar os conflitos navais devido a sua manobrabilidade e velocidade. Os navios gregos que lutaram na Guerra do Peloponeso usaram triremos, do mesmo modo que haviam feito os Romanos na Batalha de Actium. A partir do século XVI, o grande número de canhões tornaram a manobrabilidade uma característica secundária comparado ao peso; o que levou a total predominância de navios de guerra a vela.
O desenvolvimento do navio a vapor foi um processo complexo, o primeiro navio comercial de sucesso foi o "North River Steamboat" (também chamado de "Clermont") creditado a Robert Fulton, nos EUA em 1807. Em seguida surgiu na Europa em 1812 o PS Comet de 45 pés de comprimento. A propulsão a vapor progrediu consideravelmente durante o século XIX. Os principais desenvolvimentos foram o condensador. o que reduziu a necessidade de água fresca, e motor de expansão de múltiplos estágios que obteve um acréscimo considerável de rendimento. A roda de pás deu lugar ao, bem mais potente, propulsor de hélice. Desenvolvimentos posteriores resultaram no desenvolvimento da turbina a vapor marítima por Sir Charles Parsons, que fez a primeira demonstração da tecnologia no navio de 100 pés "Turbinia" em 1897. Isto facilitou o desenvolvimento de uma nova geração de navios de cruzeiro de alta velocidade na primeira metade do século XX.