Durante séculos de comércio internacional, os seus precursores, chineses, árabes e europeus, não haviam
conseguido criar uma forma não só de evitar as enormes perdas no transporte com
as quebras, deteriorações e desvios de mercadorias,
como também de agilizar e reduzir o custo das operações de carga e descarga.
Somente em 1937, o americano Malcom
Mc Lean, então com pouco mais de 20 anos, motorista e dono de uma pequena
empresa de caminhões, ao observar o lento embarque de fardos de algodão no porto de Nova Iorque,
teve a ideia de armazená-los e transportá-los em grandes caixas de aço que
pudessem, elas próprias, serem embarcadas nos navios.
Com
o tempo, Mc Lean aprimorou métodos de trabalho e expansão de sua companhia, a
Sea-Land (depois Maersk-Sealand), tornando-a uma das pioneiras do sistema intermodal, abrangendo transporte marítimo, fluvial, ferroviário,
além de terminais portuários.
Após
inúmeras experiências nos Estados Unidos, prejudicadas pelo período da Segunda Guerra Mundial (1939/ 1945), somente em 1966 Mc Lean
aventurou-se na área internacional, enviando um navio com containers à Europa.
Assim, em 5 de maio daquele ano (1966) chegava a Roterdam - já o maior porto do
mundo - o cargueiro adaptado "SS Fairland" da Sea Land, que ali
descarregou 50 unidades. Como não havia equipamento apropriado, o desembarque
foi feito com o próprio guindaste do navio, outra criação de Mc Lean.
Naquela
época, um verdadeiro exército de nove mil estivadores trabalhava no grande porto holandês,
vinculando a 25 empresas de serviço. Antevendo a revolução que iria ocorrer no
transporte marítimo, o diretor do porto, Frans Posthuma, conseguiu a
exclusividade para receber os containers destinados à Europa, comprometendo-se
a preparar um terminal especializado para desembarcá-los. Logo depois, em 1967,
cinco das empresas estivadoras que operavam em Roterdam criaram a ECT, com apenas 208
empregados para atender ao crescente movimento de containers.
O container, hoje visto não só em
todos os portos e adjacências, mas também em caminhões, nas estradas e em
longas fileiras de vagões em ferrovias é um fantástico sistema de transporte
responsável pela movimentação de 95% da carga geral hoje conduzida pela frota
mercante mundial.
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